Palestrantes

ROSINEY APARECIDA LOPES DO VALE

Possui graduação e mestrado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp/Assis, doutorado em Educação pela Unesp/Marília. Atualmente é professora adjunta dos cursos de Letras (Português/Inglês e Português/Espanhol) do Centro de Letras, Comunicação e Artes da Universidade Estadual do Norte do Paraná, campus de Jacarezinho, e Coordenadora geral do Núcleo de Apoio e Assistência ao Estudante –NAE/UENP. É vice-lider do Grupo de Pesquisas Preservação dos Bens Culturais: História, Memória, Identidades e Educação Patrimonial da UENP e membro da Comissão Universidade para os Indígenas-CUIA do Estado do Paraná. Atua, principalmente, na área de Letras e da Educação com ênfase na Formação inicial e continuada de Professores, Educação para as Relações étnico-raciais; Políticas Educacionais e curriculares e Língua Portuguesa.

A falácia da “história única”, negras memórias e a Lei 10639/03 como instrumento de reconstrução

Palestra 5 - 30/11/2023.

Apesar da enorme contribuição das pessoas com ascendência africana para a construção da cultura brasileira, e de uma vivência permeada por lutas e resistência às violências impostas por uma sociedade estruturada no patriarcado e no racismo, é patente o apagamento de registros históricos sobre a população negra brasileira. Tal fato dificulta que essas pessoas conheçam a fundo o potencial de sua ancestralidade e construam uma identidade ancorada em valores positivos, uma vez que se lança sobre a população negra apenas o olhar do branco, que por séculos foi o único a contar a história dos negros no Brasil. Nesse contexto, é basilar que se compreenda os perigos e malefícios de uma "história única"; e o que se esconde por trás dela.  Por certo, nos veremos imersos em uma guerra de narrativas, e necessitaremos de instrumentos para não nos iludirmos com as falácias que se querem verdadeiras. Desse modo, fazer acontecer os pressupostos da Lei 10.639/03, que completa 20 anos, é imprescindível para abrir caminhos para as escrevivências da negritude e para o Letramento Racial Crítico, que são instrumentos valiosos para a valorização de identidades raciais diversas no âmbito educacional e para uma sociedade mais justa e equitativa. Assim, 1, 2, 3, lá vou eu! Remete à uma brincadeira de infância que mobiliza diferentes sentimentos para refletirmos sobre a necessidade de desconstrução de uma história única para reconstruirmos histórias diversas, multiculturais e pautadas em diferentes vivências e conhecimentos.