Palestrantes

ROGÉRIO VICENTE FERREIRA

Rogério V Ferreira, graduado em Letras: habilitação em Linguística, pela Universidade de São Paulo (1994), estagiou como bolsista da ORSTOM (atual IRD)/França no Museu Paraense Emílio Goeldi, no setor de Linguística. Fez Mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2001) e Doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Posteriormente, Pós-doutorado pela Universidade de São Paulo (2013) e pela Universidade Estadual de Campinas (2016). Durante 2006 a 2021, atuou nos cursos de Letras e de Licenciatura Intercultural Indígena "Povos do Pantanal", na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Em 2022, ingressou na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no Instituto de Linguagem, tendo como principal área de atuação a Descrição Linguística, principalmente nos seguintes temas: Análise de Línguas indígenas, Análise de Linguística da Libras e Português como Língua de Acolhimento. Atualmente é coordenador do Posto de Aplicação de Português para Estrangeiros  (Celpe-Bras), também coordena a Pós-graduação em Estudos de Linguagem (PPGEL). Em 2023 passou para o cargo de Titular. Atua em pesquisas com línguas indígenas e  também com a linguística das línguas de sinais.

Desvendando as línguas indígenas: uma reflexão sobre a descrição linguística

As línguas indígenas brasileiras desde que os portugueses chegaram ao Brasil, foram alvo de atenção, os primeiros jesuítas devido questões religiosas, sentiram necessidade de fazer registro da língua mais falada e que tinham contato, o tupinambá, não deixou de ser uma das primeiras descrições, posteriormente naturalistas, entre outros, também registram aspectos das línguas que se deparavam. Independente da motivação, tivemos registros de línguas no decorrer dos séculos. Contudo, isso. não bastou para que as línguas indígenas brasileiras fossem descritas e documentadas, atualmente ainda há uma grande carência de descrições linguísticas, por muito tempo, ficou nas mãos de missionários evangélicos, posteriormente, como aponta Seki (1999), a academia passou a voltar seus olhos para as línguas, que até então, ficava aos "cuidados" dos antropólogos. Os missionários se retiram das academias e muitos do país, a academia forma seus linguistas e segue na busca de registrar as línguas que ainda não tem nada descrito, ou aprofundando em aspectos ainda não trabalhado. Essa palestra procura abordar essa evolução das pesquisas, apontar caminhos e ver o desafio que ainda temos no que tange a descrição e documentação, hoje, não temos somente não indígenas nesta busca, mas os próprios indígenas tornaram-se protagonistas, estamos em uma nova onda e agora é a vez dos povos minoritários tomar a frente desse gigante desafio.

PLATAFORMA DO YOUTUBE   DIA 13/06 - 13/06/2023 19:00 - 21:00