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[EVENTO PRINCIPAL] I Encontro de Diálogos e Estudos Quilombolas e Indígenas - EEQI de 11/12/2023 a 15/12/2023

O I Encontro de Diálogos e Estudos Quilombolas e Indígenas - EDEQI promovido pelo curso Ciências da Natureza por meio do Programa PRIL, ofertado pela Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT e acontecerá na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade. O evento tem por objetivo promover o fortalecimento e a divulgação de estudos e pesquisas sobre os saberes quilombolas e indígenas. A metodologia do evento acontecerá no formato híbrido, com abertura, mesas redondas, apresentações culturais e trabalhos científicos (salas simultâneas) presenciais, como também, palestras online. Será um momento importante para impulsionar e consolidar, na região, o diálogo entre estudantes, professores/as e profissionais, possibilitar trocas de conhecimento e dar visibilidade aos saberes quilombolas e indígenas, em especial aos indígenas chiquitanos e Katitãuhlu. É um importante espaço de intercâmbio acadêmico e de fortalecimento político desses povos.

Eventos Associados
Título Data Início Data Fim
As diferenças culturais e linguísticas dos povos Kithãuhlu e Katitãuhlu da família linguística Nambikwara 13/12/2023 13/12/2023

Nessa mesa, nos propomos compartilhar parte de nossos estudos de pesquisa do Mestrado e Doutorado, em Terra Indígena Nambikwara, Cerrado e do Sararé, em especial, os povos Kithãuhlu e Katitãuhlu, no município de Comodoro-MT, como também, nossas experiências a partir da imersão com esses povos. Apresentaremos algumas diferenças e semelhanças culturais e linguísticas entre os povos Nambikwara. Atualmente os povos Nambikwara estão com demarcação territorial realizada entre os Estados do Mato Grosso e Rondônia, mais especificamente na região Centro-Oeste do Estado de Mato Grosso e ao norte, sul da Amazônia brasileira. A família linguística Nambikwara é uma das famílias linguísticas que não pertence aos grandes agrupamentos genéticos, trata-se de uma família linguística que não tem nenhum grau de parentesco com as demais línguas das Américas, que não está, geneticamente, aparentada com as demais línguas do mundo. Pode-se dizer que se trata de uma família linguística isolada. A maioria dos falantes de línguas Nambikwara, independente do povo a que pertença, são bilíngues (língua indígena-português) e não há uma variação linguística considerável entre esses povos e sim, diferenças linguísticas. Antes das demarcações territoriais, seus povos viviam em territórios distintos, divididos por rios, seus costumes eram diferentes uns dos outros, o modo de se organizarem socialmente, de fazerem seus artefatos, de realizarem suas festas tradicionais, porém, atualmente vivem juntos se interagindo com suas diferenças.   

Historicidade Quilombola de Vila Bela da Santíssima Trindade 12/12/2023 12/12/2023

Essa mesa busca discutir o que o processo de colonização deixou para nossa sociedade Afro-brasileira, marcas profundas, incluindo o sistema educacional. A decolonização do currículo busca reverter essa injustiça e promover uma visão mais inclusiva e justa da história e na cultura do Brasil. A Lei 10.639, promulgada em 2003, é um instrumento importante nesse processo de reconhecimento e valorização da história e da cultura Afro-brasileira, luta contra o racismo. No entanto, sua implementação enfrenta desafios significativos. É importante destacar a história de Teresa de Benguela e como a importância do Quilombo que ela liderou. Portanto, um dos desafios é despertar o interesse dos alunos por esse tema, mostrando como ele se relaciona com suas próprias vidas e identidades. Também é fundamental promover discussões e atividades que permitam aos mesmo explorar sua identidade e compreender a importância de sua herança cultural.

“Trocas de saberes do curso de Pedagogia Intercultural da FAINDI – UNEMAT” 14/12/2023 14/12/2023
Este momento de troca de saberes tem por objetivo apresentar o Curso de Pedagogia Intercultural da Faculdade Indígena Intercultural - FAINDI vinculada no Campus Universitário de Barra do Bugres da Universidade de Estado de Mato Grosso - UNEMAT. Nessa troca de saberes será abordado sobre como se dá o processo de ensino e aprendizagem que considera a formação e o desenvolvimento de competências pedagógicas e de gestão escolar e de lideranças conforme a necessidade da comunidade. Assim, as práticas pedagógicas interculturais são articuladas pela aprendizagem de aprender planejar e avaliar; conhecer diferentes modalidades de ensino; compreender as abordagens pedagógicas intercultural dentre de cada modalidade de ensino; saber qual o papel do professor na escola indígena e como liderança comunitária e representante institucional indígena e não indígena; e finalmente, ser capaz de  mediação entre estes espaços. A prática pedagógica intercultural desvela uma rica e poderosa forma de desenvolver as ações na comunidade a partir de conhecimentos científicos, saberes tradicionais e o reconhecimento de si e de seu povo, na valorização da língua nativa como a primeira língua, sua cultural e sua articulação com a sociedade como um todo. Assim, partimos da premissa de "nada para eles, sem eles".