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O I Encontro de Diálogos e Estudos Quilombolas e Indígenas - EDEQI promovido pelo curso Ciências da Natureza por meio do Programa PRIL, ofertado pela Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT e acontecerá na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade. O evento tem por objetivo promover o fortalecimento e a divulgação de estudos e pesquisas sobre os saberes quilombolas e indígenas. A metodologia do evento acontecerá no formato híbrido, com abertura, mesas redondas, apresentações culturais e trabalhos científicos (salas simultâneas) presenciais, como também, palestras online. Será um momento importante para impulsionar e consolidar, na região, o diálogo entre estudantes, professores/as e profissionais, possibilitar trocas de conhecimento e dar visibilidade aos saberes quilombolas e indígenas, em especial aos indígenas chiquitanos e Katitãuhlu. É um importante espaço de intercâmbio acadêmico e de fortalecimento político desses povos.
Título | Data Início | Data Fim |
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As diferenças culturais e linguísticas dos povos Kithãuhlu e Katitãuhlu da família linguística Nambikwara | 13/12/2023 | 13/12/2023 |
Nessa mesa, nos
propomos compartilhar parte de nossos estudos de pesquisa do Mestrado e
Doutorado, em Terra Indígena Nambikwara, Cerrado e do Sararé, em especial, os
povos Kithãuhlu e Katitãuhlu, no município de Comodoro-MT, como também, nossas
experiências a partir da imersão com esses povos. Apresentaremos algumas
diferenças e semelhanças culturais e linguísticas entre os povos Nambikwara. Atualmente os povos Nambikwara estão
com demarcação territorial realizada entre os Estados do Mato Grosso e
Rondônia, mais especificamente na região Centro-Oeste do Estado de Mato Grosso
e ao norte, sul da Amazônia brasileira. A família linguística
Nambikwara é uma das famílias linguísticas que não pertence aos grandes
agrupamentos genéticos, trata-se de uma família linguística que não tem nenhum
grau de parentesco com as demais línguas das Américas, que não está,
geneticamente, aparentada com as demais línguas do mundo. Pode-se dizer que se
trata de uma família linguística isolada. A maioria dos falantes de línguas Nambikwara, independente do povo a que pertença, são bilíngues (língua
indígena-português) e não há uma variação linguística considerável entre esses
povos e sim, diferenças linguísticas. Antes das demarcações territoriais, seus
povos viviam em territórios distintos, divididos por rios, seus costumes eram
diferentes uns dos outros, o modo de se organizarem socialmente, de fazerem
seus artefatos, de realizarem suas festas tradicionais, porém, atualmente vivem
juntos se interagindo com suas diferenças. |
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Historicidade Quilombola de Vila Bela da Santíssima Trindade | 12/12/2023 | 12/12/2023 |
Essa
mesa busca discutir o que o processo de colonização deixou para nossa sociedade
Afro-brasileira, marcas profundas, incluindo o sistema educacional. A
decolonização do currículo busca reverter essa injustiça e promover uma visão
mais inclusiva e justa da história e na cultura do Brasil. A Lei 10.639,
promulgada em 2003, é um instrumento importante nesse processo de
reconhecimento e valorização da história e da cultura Afro-brasileira, luta
contra o racismo. No entanto, sua implementação enfrenta desafios
significativos. É importante destacar a história de Teresa de Benguela e como a
importância do Quilombo que ela liderou. Portanto, um dos desafios é despertar
o interesse dos alunos por esse tema, mostrando como ele se relaciona com suas
próprias vidas e identidades. Também é fundamental promover discussões e
atividades que permitam aos mesmo explorar sua identidade e compreender a
importância de sua herança cultural. |
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Trocas de saberes do curso de Pedagogia Intercultural da FAINDI UNEMAT | 14/12/2023 | 14/12/2023 |
Este momento de troca de saberes tem por objetivo apresentar o Curso de Pedagogia Intercultural da Faculdade Indígena Intercultural - FAINDI vinculada no Campus Universitário de Barra do Bugres da Universidade de Estado de Mato Grosso - UNEMAT. Nessa troca de saberes será abordado sobre como se dá o processo de ensino e aprendizagem que considera a formação e o desenvolvimento de competências pedagógicas e de gestão escolar e de lideranças conforme a necessidade da comunidade. Assim, as práticas pedagógicas interculturais são articuladas pela aprendizagem de aprender planejar e avaliar; conhecer diferentes modalidades de ensino; compreender as abordagens pedagógicas intercultural dentre de cada modalidade de ensino; saber qual o papel do professor na escola indígena e como liderança comunitária e representante institucional indígena e não indígena; e finalmente, ser capaz de mediação entre estes espaços. A prática pedagógica intercultural desvela uma rica e poderosa forma de desenvolver as ações na comunidade a partir de conhecimentos científicos, saberes tradicionais e o reconhecimento de si e de seu povo, na valorização da língua nativa como a primeira língua, sua cultural e sua articulação com a sociedade como um todo. Assim, partimos da premissa de "nada para eles, sem eles". |