Palestrantes

AMANDA ABADIA FELIZARDO CUSTÓDIO

Graduada em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal de Goiás/Regional Catalão (2013); Mestra em Geografia pela Universidade Federal de Goiás/UAE de Geografia. Doutorando pelo PPG em Geografia da Universidade Federal de Jataí. Atualmente professora da rede estadual do Mato Grosso.


NISE: O CORAÇÃO DA LOUCURA:A LUTA FEMININA POR MAIS ESPAÇO NA SOCIEDADE

A cinebiografia brasileira “Nise: o coração da loucura” nos conta a História da Doutora Nise Silveira que depois de sete anos afastada da profissão – período que compreende dois anos de prisão, além de cinco de reclusão – volta ao convívio clínico. Numa época (início dos anos 1940) em que técnicas brutas – e hoje polêmicas, como eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia – se popularizavam, a médica psiquiatra voltava ao trabalho e, sem prestígio - e relutando em adotar os “novos” métodos –, o que sobra para a doutora é o comando da renegada Seção de Terapêutica Ocupacional (STO) do Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro.

A Doutora Nise revoluciona a psiquiatria através da arte, e passa a ver os pacientes como seres humanos.

Convidamos a professora de Artes Fábia Machado e a professora Amanda Custódio que fizeram uma breve contextualização do momento em que o Brasil vivia nos anos em que se passam os fatos relatados na obra cinematográfica, falando os motivos da Doutora ter ficado em reclusão.

A professora Fábia destacou o papel das artes na sociedade e da importância na terapia ocupacional e destacou a evolução dos pacientes durante o período inicial da terapia até o momento retratado na obra.

Professora Amanda mostrou como os internos eram tratados, e de como as famílias escondiam da sociedade quem fosse diferente ou que apresentassem um transtorno. A forma como as mulheres não tinham voz, e muitas vezes desrespeitadas, mesmo sendo profissionais formadas. A resistência de homens ao serem comandados pelo sexo feminino.

Foi destacado ainda como a Psiquiatra tratava os pacientes como seres humanos e ainda os chamava pelo nome, o que antes não era feito.