NISE: O CORAÇÃO DA LOUCURA:A LUTA FEMININA POR MAIS ESPAÇO NA SOCIEDADE
A cinebiografia brasileira Nise:
o coração da loucura nos conta a História da Doutora Nise Silveira que depois de sete anos afastada da
profissão período que compreende dois anos de prisão, além de cinco de
reclusão volta ao convívio clínico. Numa época (início dos anos 1940) em que
técnicas brutas e hoje polêmicas, como eletrochoque, insulinoterapia e
lobotomia se popularizavam, a médica psiquiatra voltava ao trabalho e, sem
prestígio - e relutando em adotar os novos métodos , o que sobra para a
doutora é o comando da renegada Seção de Terapêutica Ocupacional (STO) do
Centro Psiquiátrico do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro.
A Doutora Nise revoluciona a
psiquiatria através da arte, e passa a ver os pacientes como seres humanos.
Convidamos
a professora de Artes Fábia Machado e a professora Amanda Custódio que fizeram
uma breve contextualização do momento em que o Brasil vivia nos anos em que se
passam os fatos relatados na obra cinematográfica, falando os motivos da
Doutora ter ficado em reclusão.
A
professora Fábia destacou o papel das artes na sociedade e da importância na
terapia ocupacional e destacou a evolução dos pacientes durante o período
inicial da terapia até o momento retratado na obra.
Professora
Amanda mostrou como os internos eram tratados, e de como as famílias escondiam
da sociedade quem fosse diferente ou que apresentassem um transtorno. A forma
como as mulheres não tinham voz, e muitas vezes desrespeitadas, mesmo sendo
profissionais formadas. A resistência de homens ao serem comandados pelo sexo
feminino.
Foi
destacado ainda como a Psiquiatra tratava os pacientes como seres humanos e
ainda os chamava pelo nome, o que antes não era feito.